Por Colleen Jenkins
CHARLOTTE, Estados Unidos (Reuters) - O ex-comandante militar dos Estados Unidos e ex-diretor da Agência Central de Inteligência (CIA) David Petraeus foi condenado a dois anos de liberdade condicional e a pagar uma multa de 100 mil dólares após se declarar culpado no caso de mau uso de informações secretas.
O general quatro estrelas da reserva admitiu ter fornecido informações à sua amante, que estava escrevendo sua biografia. Ele se declarou culpado numa corte federal de Charlotte, no Estado da Carolina do Norte, pela acusação de remoção não autorizada e retenção de material secreto.
O juiz elevou para 100 mil dólares a multa de 40 mil dólares sugerida num acordo de conciliação, destacando que o valor deveria ser alto para ter efeito punitivo.
"O montante acrescentado à multa é necessário para que ambas as sentenças combinadas reflitam a seriedade da ofensa", disse o juiz David Keesler durante a audiência.
Petraeus, de 62 anos, que teve passagens como chefe do Estado Maior durante as guerras do Iraque e Afeganistão, renunciou ao cargo na CIA em 2012, após ter sido revelado que ele mantinha um caso com sua biógrafa, a oficial da reserva Paula Broadwell.
Vestido com um terno escuro e gravata azul, Petraeus não demonstrou emoção ao ler um comunicado escrito previamente.
"Hoje marca o fim de um calvário de dois anos e meio que resultou de erros que cometi", disse ele a jornalistas após a condenação. "Como fiz no passado, peço desculpas para as pessoas mais próximas a mim e a muitas outras."