WASHINGTON (Reuters) - Michael Cohen, ex-advogado pessoal do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que seu antigo cliente soube com antecedência de uma reunião de junho de 2016 na Trump Tower durante a qual russos propuseram oferecer informações prejudiciais sobre sua então rival democrata na eleição, Hillary Clinton, de acordo com a emissora CNN.
Citando fontes não identificadas a par do assunto, a CNN disse na quinta-feira que Cohen está disposto a fazer essa afirmação ao procurador especial Robert Mueller, que investiga um possível conluio entre a campanha de Trump e a Rússia durante a corrida presidencial de 2016.
"Não se pode acreditar nele", disse Rudy Giuliani, advogado de Trump, à Reuters, na quinta-feira, se referindo a Cohen. "Se eles confiarem nele... isso destruiria qualquer caso que tiverem". Giuliani se referia à investigação de Mueller.
Cohen não respondeu de imediato a um pedido de comentário da Reuters. Seu advogado, Lanny Davis, não quis comentar.
Peter Carr, porta-voz de Mueller, tampouco quis comentar, assim como Nicholas Biase, porta-voz de procuradores federais de Manhattan.
Procuradores federais de Nova York estão investigando Cohen devido a possíveis fraudes bancárias e tributárias e possíveis violações de leis de campanha ligadas ao pagamento de 130 mil dólares à atriz pornô Stormy Daniels, que afirma ter tido um encontro sexual com Trump, e outras questões relacionadas à campanha de Trump, segundo disse à Reuters uma pessoa familiarizada com o inquérito.
Cohen não foi acusado de nenhum crime. Trump negou ter tido qualquer encontro com Stormy.
(Por Eric Beech; reportagem adicional de Karen Freifeld, Warren Strobel e Nathan Layne)