Por Karen Freifeld e Tom Hals
(Reuters) - Elliott Broidy, um ex-angariador de recursos para Donald Trump, foi acusado de tentar pressionar o presidente norte-americano de maneira ilegal com o objetivo de influenciá-lo a desistir de uma investigação que envolve um gigantesco escândalo de desvios de fundos na Malásia, de acordo com documentos da Justiça.
Broidy também fez um lobby ilegal para organizar o retorno de um dissidente chinês que mora nos Estados Unidos.
Em troca de milhões de dólares, Broidy aceitou fazer lobby para que Trump e o Departamento de Justiça norte-americano encerrassem uma investigação sobre um "rico empresário que mora na Ásia Oriental" pelo envolvimento da pessoa no escândalo 1MDB, de acordo com documentos apresentados na terça-feira.
Broidy deve se declarar culpado no dia 20 de outubro, segundo informou uma fonte familiarizada com a situação na quinta-feira.
Empresário que manteve cargos importantes nas finanças da campanha de Trump à Presidência dos EUA em 2016, e em seu comitê de posse, Broidy não respondeu de imediato a um pedido por comentários.
O empresário é mais um de uma série de indivíduos com laços com Trump a serem indiciados por um crime, e o fato acontece enquanto o presidente norte-americano ainda está atrás nas pesquisas de intenção de votos com menos de quatro semanas para as eleições, marcadas para o dia 3 de novembro.
Embora não tenha sido identificado nos documentos apresentados ao tribunal sobre o escândalo 1MDB, acredita-se que o empresário envolvido seja Jho Low, e o dissidente chinês seria o bilionário fugitivo Guo Wengui.
(Reportagem de Tom Hals em Wilmington, Delaware)