Por Tom e Perry e e e Angus e McDowall
BEIRUTE (Reuters) - O exército libanês lançou uma ofensiva neste sábado contra um enclave do Estado Islâmico na fronteira com a Síria, enquanto o grupo xiita libanês Hezbollah anunciou um ataque aos militantes do lado sírio da fronteira.
A operação do exército libanês começou às 11:00 (horário de Brasília), tendo como alvo posições do Estado Islâmico próximas à cidade de Ras Baalbek com pedras, artilharia e helicópteros, disse uma fonte de segurança libanesa. A área é a última parte da fronteira entre Líbano e Síria sob controle insurgente.
A fonte de segurança afirmou que a ofensiva estava avançando, com diversas colinas tomadas no esforço contra os militantes entrincheirados em terreno fortificado, em postos avançados e cavernas.
A operação do Hezbollah e do exército sírio alvejou a área ao redor da fronteira, na região oeste da Síria, Qalamoun.
A TV al-Manar, controlada pelo Hezbollah, afirmou que seus combatentes estavam subindo uma série de patamares estratégicos, conhecida como Montanhas Mossul, que olha do alto diversas passagens de fronteira não oficiais usadas pelos militantes.
Um comunicado do Hezbollah afirmou que o grupo estava atingindo sua promessa de "remover a ameaça terrorista nas fronteiras da nação" e estava combatendo "lado a lado" com o exército sírio.
O comunicado não fez menção à operação do exército libanês.
O exército libanês afirmou não estar coordenando o ataque com o Hezbollah ou com o exército sírio.
SENSÍVEL
Qualquer operação em conjunto entre o exército libanês de um lado e o Hezbollah e o exército sírio de outro seria politicamente sensível no Líbano e poderia comprometer a considerável ajuda militar norte-americana que o país recebe.
Washington classifica o Hezbollah, apoiado pelo Irã, como um grupo terrorista.
"Não há coordenação, não com o Hezbollah ou com o exército sírio", disse o General Ali Kanso em coletiva de imprensa televisionada, acrescentando que o exército começou a apertar o cerco ao EI na área há duas semanas.
(Reportagem adicional de Laila Bassam em Beirute, Suleiman al-Khalidi em Amã e Mostafa Hashem no Cairo)