Por Sarah N. Lynch
WASHINGTON (Reuters) - O ex-estrategista-chefe do presidente Donald Trump, Steve Bannon, irá se encontrar a portas fechadas nesta terça-feira com um comitê da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos que está investigando se a Rússia interferiu na eleição presidencial de 2016.
A entrevista com o Comitê de Inteligência da Câmara acontece após Bannon discutir publicamente com o presidente sobre comentários que Bannon fez ao autor Michael Wolff para seu novo livro, "Fogo e Fúria – Por Dentro da Casa Branca de Trump".
No livro, Bannon é citado como descrevendo um encontro de junho de 2016 entre associados de Trump, incluindo o filho do presidente, Donald Trump Jr., seu genro, Jared Kushner, e um advogado russo, como "traidor" e "antipatriótico".
O encontro aconteceu após Donald Trump Jr. ser informado por email que o governo russo possuía informações prejudiciais sobre a candidata presidencial democrata Hillary Clinton, para o qual respondeu "Eu amo isto".
Bannon, um defensor da agenda "América Primeiro" de Trump, foi demitido da Casa Branca em agosto e retornou ao site da ala direita Breitbart News. Ele continuou falando com Trump e tentou promover a agenda do presidente.
Mas Trump acusou Bannon de ter "perdido sua cabeça" quando notícias sobre seus comentários a Wolff surgiram mais cedo neste mês. Seis dias depois, Bannon deixou seu cargo como presidente-executivo na Breitbart News.