BOGOTÁ (Reuters) - O líder do partido político colombiano da Farc, o ex-comandante rebelde marxista Rodrigo Londoño, irá passar por uma cirurgia cardíaca, informou o grupo em comunicado nesta sexta-feira.
Londoño é um candidato presidencial pelo partido, a reencarnação desarmada do grupo de guerrilha Forças Amadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), para as eleições de maio.
Conhecido por seu nome de guerra Timochenko, ele foi hospitalizado na quinta-feira com dores no peito. O candidato das Farc ao Senado Carlos Antonio Lozada disse a repórteres nesta sexta-feira do lado de fora da Shaio Clinic, em Bogotá, que Londoño estava consciente e confiante de que a cirurgia irá correr bem.
O grupo não forneceu detalhes sobre quando a cirurgia será feita. A clínica informou em comunicado que médicos estabeleceram que a cirurgia é necessária após exames e revisão do histórico clínico de Londoño.
Londoño, de 59 anos, possui problemas cardíacos há tempos e passou por uma cirurgia anterior em Cuba enquanto o grupo estava negociando os termos de um acordo de paz de 2016 com o governo.
Ele foi levado para o hospital após sua rotina diária de exercícios na quinta-feira, informou o grupo.
As Farc mantiveram sua sigla em espanhol após desmobilização, mas alteraram seu nome para Força Alternativa Revolucionária do Comum.
Londoño suspendeu eventos de campanha no mês passado por preocupações com segurança após manifestantes nervosos perturbarem paradas da campanha.
As Farc ficaram conhecidas durante seu longo conflito armado por sequestros, ataques a bomba e deslocamentos forçados. Muitos colombianos acreditam que seus membros deveriam estar presos, não em campanha, e pesquisas de opinião recentes indicaram que Londoño possui apenas 1 por cento de apoio.
O partido tem focado em uma plataforma política de combate à pobreza.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta)