Por Andre Paultre e Robenson Sanon
PORTO PRÍNCIPE (Reuters) - A unidade fortemente armada que matou o presidente do Haiti, Jovenel Moise, esta semana era composta por 26 colombianos e dois haitianos-americanos, disseram autoridades nesta quinta-feira, com a caça aos mentores do assassinato ainda em andamento.
Moise, 53, foi morto a tiros no começo da quarta-feira em sua casa pelo que as autoridades descreveram como um grupo de assassinos treinados e estrangeiros, atirando o país mais pobre das Américas ainda em uma turbulência ainda maior, com divisões políticas, fome e generalizada violência de gangues.
O ministro da Defesa da Colômbia, Diego Molano, afirmou que as primeiras informações são de que os colombianos suspeitos de terem participado do assassinato eram membros aposentados das Forças Armadas do país e prometeu ajudar as investigações no Haiti.
O chefe da polícia, Leon Charles, exibiu 17 homens diante de jornalistas em uma entrevista coletiva no final da quinta-feira, mostrando uma série de passaportes colombianos, metralhadoras, machetes, walkie-talkies e materiais como alicates e martelos.
"Estrangeiros vieram ao nosso país para matar o presidente", disse Charles, mencionando que foram 26 colombianos e dois haitianos-americanos.
Ele revelou que 15 dos colombianos foram capturados, assim como os haitianos-americanos. Três foram mortos e oito ainda estavam foragidos, segundo Charles.
(Por Andre Paultre e Robenson Sanon em Porto Príncipe; Reportagem adicional de Luis Jaime Acosta em Bogotá e Stefanie Eschenbacher na Cidade do México e Ben Blanchard em Taipé)