Por Emelia Sithole-Matarise
HARARE (Reuters) - O ex-ministro da Economia do Zimbábue Ignatius Chombo, que estava entre os detidos pelos militares quando o exército tomou o poder antes da renúncia de Robert Mugabe, foi acusado no sábado de corrupção, em infrações que teriam acontecido mais de uma década atrás.
Esta foi a primeira aparição pública de Chombo desde que foi detido quase duas semanas atrás após o exército ter lançado a "Operação Restaurar Legado", que disse que tinha como objetivo remover os "criminosos" ao redor do presidente deposto Mugabe.
O tribunal decidiu que Chombo deve ser detido até segunda-feira, quando seu pedido de fiança será ouvido.
Vários membros de um grupo aliado a Mugabe e sua esposa, Grace, foram detidos e expulsos do partido governista, incluindo Chombo, o chefe deposto da influente liga jovem do ZANU-PF, Kudzanai Chipanga, e o líder deposto da ala jovem do partido, Innocent Hamandishe.
Alguns apoiadores do novo presidente, Emmerson Mnangagwa, tem pedido por ações não especificadas com o chamado grupo G40, que apoiava Mugabe e sua esposa. Chombo, Chipanga e Hamandishe eram aliados do G40.
Antes de sua posse, Mnangagwa pediu na quinta-feira que os cidadãos não pratiquem nenhuma forma de "retribuição vingativa".
Chombo foi acusado por tentar fraudar o banco central do Zimbábue, entre outras infrações que teriam sido cometidas em 2004, disse o procurador do Estado.
Chombo era ministro na época.
(Reportagem adicional MacDonald Dzirutwe)