MANILA (Reuters) - Uma bomba explodiu em uma van no turbulento sul das Filipinas nesta terça-feira, deixando 11 mortos em um posto de verificação militar, no que militantes do Estado Islâmico descreveram como um ataque suicida.
A detonação ocorreu em Basilan, ilha que abriga o grupo criminoso Abu Sayya, conhecido por seus sequestros, e que foi o lar do antigo "emir" do Estado Islâmico no sudeste asiático, morto por tropas filipinas no ano passado.
Um suspeito, um soldado, cinco paramilitares e quatro civis, incluindo uma mãe e seu filho, morreram, e sete pessoas ficaram feridas na explosão, disse um porta-voz do Exército.
O uso de carros-bomba é extremamente raro nas Filipinas, apesar das décadas de violência separatista e islâmica que desestabilizou a região de Mindanao e atraiu extremistas estrangeiros.
Em comunicado emitido por sua agência de notícias Amaq, o Estado Islâmico reivindicou responsabilidade pelo ataque, que chamou de "operação de martírio".
O porta-voz presidencial, Harry Roque, repudiou o ataque, que classificou como um "crime de guerra" e "um uso ilegal de força, mesmo em tempos de conflito armado".
A explosão desta terça-feira aconteceu momentos depois de soldados deterem o veículo para falar com o motorista, que estava sozinho e provavelmente detonou a bomba, disseram os militares.
Um soldado que testemunhou o ataque disse em uma entrevista à rádio privada DZMM que o motorista falou em um dialeto desconhecido e que podia ser estrangeiro.
Mas o porta-voz militar, coronel Edgard Arevalo, afirmou que as forças de segurança estão investigando e que ainda não há base para se concluir que o incidente foi um ataque suicida ou que foi realizado por um estrangeiro.
Informações de inteligência indicaram que os militantes planejavam fabricar bombas caseiras e atacar bases do Exército, acrescentou.