JOHANESBURGO (Reuters) - Jacob Zuma, ex-presidente da África do Sul que está sob detenção policial desde a noite de quarta-feira para iniciar uma pena de prisão de 15 meses por desacato, poderá sair sob condicional depois de cerca de quatro meses, disse o ministro da Justiça.
Zuma se entregou à polícia para começar a cumprir sua pena por desafiar uma ordem judicial que o obrigava a comparecer a um inquérito sobre corrupção quando estava no poder, de 2009 a 2018.
A capacidade das autoridades de responsabilizar Zuma é vista como um grande teste do Estado de Direito na África do Sul pós-Apartheid.
Zuma será mantido isolado durante 14 dias devido aos protocolos da Covid-19, disse o ministro da Justiça, Ronald Lamola, nesta quinta-feira.
"Este não é um momento de comemoração ou triunfalismo, é um momento de comedimento e de ser humano", afirmou ele, prometendo tratar Zuma como qualquer outro prisioneiro.
Zuma foi recebido de madrugada no Centro Correcional de Estcourt, localizado a cerca de 175 quilômetros de sua propriedade rural em Nkandla, no leste do país.
O ex-presidente nega que houve corrupção generalizada em seu governo, e até agora não cooperou com o processo legal do qual é alvo, insistindo que é vitima de uma caça às bruxas política.
(Por Wendell Roelf)