Por Michelle Nichols
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - A família do jornalista norte-americano Evan Gershkovich disse nesta quarta-feira que fez um apelo por ajuda à Organização das Nações Unidas (ONU) em sua tentativa de libertá-lo na Rússia, onde ele foi detido em março sob acusações de espionagem que podem acarretar em até 20 anos de prisão.
Ao lado da embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, do lado de fora do Conselho de Segurança da organização, os pais e a irmã de Gershkovich disseram que apresentaram uma petição ao Grupo de Trabalho da ONU sobre Detenções Arbitrárias.
"Esta petição explica que a detenção de Evan é uma violação dos seus direitos humanos e que a Rússia deveria libertá-lo imediatamente. Nós apenas o queremos em casa", disse o pai de Gershkovich, Mikhail, aos jornalistas.
O Grupo de Trabalho tem um mandato do Conselho de Direitos Humanos da ONU, com sede em Genebra, para investigar "casos de privação de liberdade impostos de forma arbitrária ou inconsistente com os padrões internacionais", pedindo aos governos que esclareçam ou chamem a atenção para os casos.
Os Estados Unidos dizem que a Rússia está usando o repórter do Wall Street Journal para conduzir uma "diplomacia de reféns", numa altura em que a guerra de Moscou na Ucrânia mergulhou as relações com Washington para o ponto mais baixo em mais de 60 anos.
“Nenhuma família deveria assistir seu ente querido sendo usado como um peão político”, disse Thomas-Greenfield aos jornalistas. "É exatamente isso que o Presidente Putin faz. As ações da Rússia são mais do que cruéis. E são uma violação do direito internacional."
(Reportagem de Michelle Nichols)