ATENAS (Reuters) - Os familiares de uma mulher e um homem que morreram em um incêndio florestal perto de Atenas na semana passada processaram autoridades do Estado, os bombeiros e a polícia da Grécia devido às mortes.
As autoridades podem estar sujeitas a acusações criminais, como homicídio culposo, dano corporal e incêndio criminoso, no que classificam como uma "catástrofe bíblica", segundo o texto da ação civil vista pela Reuters.
"Acredito que aqueles que são responsáveis por proteger as pessoas, por apagar o incêndio e adotar todas as medidas de precaução para evitá-lo serão condenadas", disse o advogado dos familiares, Antonis Foussas, à Reuters.
Um procurador está investigando a causa do incêndio florestal e o papel das autoridades na reação ao fogo, que matou ao menos 91 pessoas na cidade litorânea de Mati e em áreas próximas.
As duas vítimas cujos familiares ingressaram na Justiça contra as autoridades morreram tentando fugir das chamas, de acordo com a ação civil. Seus corpos foram encontrados a cerca de 400 metros de suas casas.
"Estamos na posição triste e trágica de lamentar a perda injusta de nossos entes queridos", disseram os familiares na ação civil.
O professor Vassilis Katsargyris, de 70 anos, ficou preso na garagem enquanto sua esposa e amigos norte-americanos da família lutavam para chegar à praia mais próxima. Sua esposa voltou para tentar resgatá-lo e a sua vizinha de 73 anos, Maria Pagomenou, mas não conseguiu.
Nem antes nem durante o incêndio as autoridades os instruíram sobre como agir ou escapar para um local seguro, disseram os familiares.
(Reportagem de Renee Maltezou e Constantinos Georgizas)