Por Goran Tomasevic
SIRTE, Líbia (Reuters) - Dezenas de famílias fugiram da cidade litorânea de Sirte, na Líbia, nesta segunda-feira, após dois dias de confrontos entre militantes do Estado Islâmico e combatentes leais ao governo sediado em Trípoli e diante da provável escalada na violência.
Testemunhas relataram que famílias lotaram carros e seguiram em direção a Misrata, refúgio do grupo armado Amanhecer Líbio, que apoia o governo autoproclamado que controla a capital do país, Trípoli. Cerca de 20 carros retiraram os funcionários de um hospital.
Uma enfermeira que fugia de Sirte disse à Reuters ter sido aconselhada por seu supervisor a deixar a cidade por causa de confrontos iminentes. Combustível começou a faltar e algumas lojas fecharam, disse um outro morador.
A TV árabe Al-Arabiya disse em seu site que militantes do Estado Islâmico sequestraram funcionários de saúde em Sirte. A Reuters não pôde confirmar a informação.
Duas enfermeiras sérvias que viajavam junto com uma colega búlgara disseram ter visto militantes do EI enquanto deixavam Sirte, mas não foram paradas.
A Espanha disse nesta segunda que a União Europeia deveria considerar um embargo ao petróleo líbio e um congelamento de ativos do banco central líbio caso fracassem as negociações mediadas pela Europa para resolver a crise no país.