Por Christopher Bing e Mark Hosenball
(Reuters) - Hamza bin Laden, filho do assassinado líder da Al Qaeda, Osama bin Landen, e também personagem importante no grupo militante, foi morto em uma operação de contra-terrorismo dos Estados Unidos, disse a Casa Branca, neste sábado.
Um comunicado da Casa Branca disse que a operação aconteceu em uma região entre o Afeganistão e o Paquistão.
"A morte de Hamza bin Laden não apenas deixa a Al Qaeda desfalcada de uma importante liderança e da conexão simbólica com seu pai, mas também prejudica importantes atividades operacionais do grupo", disse a Casa Branca.
Uma fonte oficial dos EUA disse à Reuters que Hamza foi morto meses atrás, perto da fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão. Trump foi informado sobre a operação na ocasião.
O governo norte-americano avaliou que Hamza, que acreditava-se ter 30 anos, havia sucedido seu pai como líder do que restou da Al Qaeda, disse a fonte.
Hamza estava ao lado do pai no Afeganistão, antes dos ataques de 11 de setembro de 2001. Ele também passou tempo com o pai no Paquistão, depois que a invasão liderada pelos EUA ao Afeganistão empurrou boa parte da liderança da Al Qaeda ao país vizinho, segundo a Instituição Brookings.
O Departamento de Estado dos EUA designou Hamza como um terrorista global em 2017, depois que ele clamou por atos de terrorismo em capitais ocidentais e ameaçou se vingar dos Estados Unidos pela morte do seu pai.
A Reuters publicou em 31 de julho que Hamza havia sido morto, citando uma fonte oficial dos EUA com conhecimento do assunto. Mas o comunicado deste sábado representa a primeira vez que o governo norte-americano confirma a operação.
Não está claro por que a Casa Branca decidiu tornar pública a informação sobre o assassinato de Hamza neste sábado, meses depois da operação.
O Departamento de Estado e o gabinete do diretor de Inteligência Nacional não responderam imediatamente a pedidos de comentário.
(Por Christopher Bing e Mark Hosenball)