Por Fathin Ungku
CINGAPURA (Reuters) - O filme "Podres de Ricos" teve sua estreia nos cinemas asiáticos em Cingapura nesta terça-feira, com estrelas locais como Fiona Xie comemorando poder levar o filme de volta à cidade onde foi gravado.
"Estou muito ansiosa para todos os cingapurianos assistirem, porque Cingapura está muito linda na tela. Todo mundo (em Hollywood) ficou tipo, isso é computação gráfica? Esse lugar existe de verdade?", disse Fiona, que interpreta a ambiciosa artista Kitty Pong.
"Essa é uma volta para casa", disse.
O filme, o primeiro de Hollywood em 25 anos com um elenco totalmente asiático, é uma rara exibição da identidade e cultura da Ásia, que os produtores esperam que agrade a espectadores de todas as origens.
A comédia romântica sobre uma asiática-americana de Nova York que viaja a Cingapura para conhecer a tradicional e rica família de ascendência chinesa de seu namorado é baseada no best-seller de 2013 "Asiáticos Podres de Ricos", escrito por Kevin Kwan.
O filme da Warner Bros, dirigido por Jon M. Chu, superou as expectativas na estreia, arrecadando 34 milhões de dólares em apenas cinco dias.
A produção, com um elenco composto principalmente por atores da Ásia Oriental, tem sido criticada por não representar a sociedade multiétnica de Cingapura.
"O filme se passa em Cingapura, onde 15 por cento da população é malaia e 7,4 por cento é indiana, e nenhum deles é representado no filme, a não ser como ajudantes no fundo", disse a ativista e jornalista Kirsten Han em publicação no Twitter.
Entretanto, outros viram o filme como uma oportunidade de contar mais histórias de Cingapura.
"Esse filme irá abrir mais portas para contarmos ao mundo mais histórias de Cingapura", disse à Reuters a estudante Andrea Raeburn, de 19 anos, durante a estreia.
O produtor do filme, John Penotti, compartilha do mesmo sentimento: "Esperamos que isso inicie uma tendência muito longa de celebrar filmes focados em asiáticos que são exibidos em todo o mundo, essa é exatamente a esperança para a representação de asiáticos, isso é exatamente o que está começando a acontecer. Há muito mais histórias, essa é apenas uma", disse.