JERUSALÉM (Reuters) - Forças de segurança de Israel vasculharam a casa de um agressor palestino que esfaqueou e matou três israelenses, restringindo o movimento da população palestina em um vilarejo da Cisjordânia, informou o exército.
Uma porta-voz do exército israelense disse que as forças de segurança "fizeram buscas na casa do agressor no vilarejo de Khoba, procuraram por armas e confiscaram dinheiro que seria utilizado para fins de terrorismo. O irmão dele também foi detido."
"A movimentação para fora do vilarejo também será limitada apenas a casos humanitários", afirmou ela.
Na sexta-feira, seis pessoas morreram na série de eventos mais sangrenta da violência entre israelenses e palestinos dos últimos anos. Três israelenses foram mortos a facadas em um assentamento judaico na região ocupada na Cisjordânia, horas depois que três palestinos foram mortos em episódios de violência provocados pela instalação de detectores de metal na entrada do complexo Nobre Santuário - Monte do Templo, dentro da Cidade Velha de Jerusalém.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, ordenou a suspensão de todos os contatos oficiais com Israel até que se remova os detectores de metal do local, onde muçulmanos rezam na mesquita de al-Aqsa.
Os três israelenses assassinados e um quarto que foi ferido eram do assentamento de Neve Tsuf. O agressor, Omar Alabed, de 20 anos, levou um tiro e foi levado para um hospital, de acordo com o exército.
As tensões na região cresceram desde a instalação dos detectores de metais, que foi sucedida por palestinos jogando pedras e policiais israelenses usando bombas de efeito moral.
O Ministro da Saúde palestino informou que três palestinos morreram de ferimentos causados por tiros em dois bairros de Jerusalém Oriental, a alguma distância do epicentro das tensões.
(Por Ari Rabinovitch, Nidal al-Mughrabi e Ali Sawafta)