Por Alexandra Ulmer e Eyanir Chinea
CARACAS (Reuters) - De bloqueios ao heliporto do escritório a organização de protestos, funcionários da procuradoria da Venezuela estão fazendo planos para lutar contra a esperada remoção da procuradora-geral por aliados do presidente Nicolás Maduro, de acordo com três fontes.
Luisa Ortega, procuradora-geral da Venezuela e principal opositora de Maduro dentro do movimento governista socialista, disse estar esperando ser demitida após alegar abusos de direitos humanos e erosão da democracia sob o presidente esquerdista do país durante três meses de grandes protestos anti-governo.
"Precisamos mostrar apoio incondicional à nossa procuradora do Estado, e caso eles toquem nela, eles nunca terão permissão de tomar nossa instituição", mostrou um comunicado não oficial que circulou entre os funcionários nesta segunda-feira.
Um heliporto no topo do principal escritório da procuradora em Caracas foi bloqueado com móveis para evitar interrupções externas, disseram as fontes nesta segunda-feira, pedindo anonimato por medo de represálias.
O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela, pró-governo, está considerando uma acusação levada por um parlamentar socialista de "grave ofensa" contra Luisa Ortega. Autoridades também apresentaram diversas acusações contra a advogada de 59 anos, de "insanidade" e encorajamento de "terroristas" a uso irregular de um avião confiscado.