Por Robin Respaut e Zachary Fagenson
FORT MYERS/MIAMI, EUA (Reuters) - O furacão Irma perdeu um pouco de força ao passar pelo sul da Flórida na tarde de domingo, mas deve continuar sendo uma tempestade poderosa depois de ter inundado as ruas de Miami e deixado cerca de 2 milhões de casas e empresas sem energia elétrica.
Todo o sul da Flórida estava sentindo os efeitos da tempestade, com ao menos um homem morto, uma mulher que teve que dar à luz sozinha, torres de apartamentos balançando com os ventos e árvores derrubadas.
O Centro Nacional de Furacões disse que a tempestade registrou ventos máximos de 195 quilômetros por hora, reduzindo-a a Categoria 3 na escala de Saffir-Simpson que vai até 5.
Tampa e Hurricane Bays registraram ondas baixas, com a vida marinha visível e barcos virados, e pequenas ondas com o topo branco podiam ser vistas em ruas inundadas entre as torres de escritórios de Miami.
O Irma chegou a ser um dos furacões mais poderosos já vistos no Atlântico, matando 28 pessoas no Caribe e jogando ondas de 11 metros sobre Cuba neste domingo. Seu centro estava localizado 48 quilômetros ao sul de Naples às 15h (horário de Brasília) e a expectativa é de que avance pela costa oeste da Flórida pela tarde.
Cerca de 6,5 milhões de pessoas, ou um terço da população do Estado, receberam ordens para deixar a Flórida.
"Essa é uma situação de ameaça à vida", disse o governador Rick Scott em entrevista à imprensa.
Tornados também foram vistos na região.
O Irma deve causar bilhões de dólares em danos ao terceiro Estado mais populoso dos EUA, um importante centro turístico com uma economia que responde por cerca de 5 por cento do Produto Interno Bruto dos EUA.
Cerca de milhões de casas e empresas ficaram sem energia elétrica na Flórida, de acordo com a Florida Power & Light e outras empresas de serviços públicos.