BOGOTÁ (Reuters) - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, prorrogou nesta quinta-feira por mais um mês a suspensão dos bombardeios contra acampamentos das Farc, um gesto que visa reduzir a intensidade do conflito armado em meio a negociações de paz do governo com o grupo rebelde.
Ao estender a medida, o presidente assegurou que as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) cumpriram com o cessar-fogo unilateral declarado em 20 de dezembro.
Santos havia ordenado em 10 de março a suspensão por um mês de ataques aéreos com bombas contra os acampamentos das Farc nas florestas e montanhas, embora a decisão não signifique uma interrupção total da ofensiva do Estado contra o grupo rebelde.
"As informações passadas hoje a mim pelo ministro da Defesa e altos comandantes militares indicam que durante este mês as Farc têm mantido e respeitado o cessar-fogo unilateral", disse Santos em um ato do governo.
"Por esta razão decidi prorrogar por mais um mês ...a suspensão dos bombardeios", acrescentou.
Os bombardeios das Forças Armadas têm sido a arma mais letal em meio a uma ofensiva contra as Farc, que resultaram na morte de mais de 50 comandantes do grupo rebelde.
O governo do Santos busca um acordo de paz com a guerrilha para acabar com um conflito de mais de meio século que deixou 220 mil mortos e milhões de desabrigados.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta e Nelson Bocanegra)