CARACAS (Reuters) - O governo e a oposição da Venezuela retomarão uma tentativa de estabelecer um processo de diálogo com o qual os adversários do presidente Nicolás Maduro disseram que buscarão condições melhores antes das eleições presidenciais previstas para o próximo ano.
Esta é a terceira vez em que as partes tentam se sentar e conversar para aliviar as tensões políticas e econômicas profundas que afligem o país. Os dois processos anteriores, um deles amparado pelo Vaticano em 2016, não deram resultados.
Em setembro a oposição abandonou o diálogo alegando que o governo socialista não contemplou nenhuma de suas exigências, como a libertação de centenas de "presos políticos", a abertura de um canal humanitário e garantias eleitorais.
"Desenvolvemos e estendemos todas nossas relações a nível de América Latina para construir a possibilidade de que, com países e governos amigos, possamos ter uma facilitação para obter condições para poder ir a uma eleição presidencial", disse na quinta-feira a repórteres o presidente da Assembleia Nacional, liderada pela oposição, Julio Borges.
Os críticos de Maduro argumentam que o governo usou sua influência sobre a autoridade eleitoral para manipular os resultados, como em votações estaduais recentes nas quais os candidatos do partido governista predominaram.
(Por Eyanir Chinea)