Por Joan Faus e Jordi Rubio
BARCELONA/ROMA (Reuters) - O governo espanhol exigiu, nesta sexta-feira, que o líder separatista catalão Carles Puigdemont seja extraditado para enfrentar acusações de sedição na Espanha, depois de ele ser detido pela polícia italiana na Sardenha.
O ex-líder da região espanhola da Catalunha deve comparecer a um tribunal de apelações da cidade sardenha de Sassari ainda nesta sexta-feira.
Agostinangelo Marras, advogado de Puigdemont na Sardenha, disse à agência de notícias italiana Ansa que a corte decidirá se confirma a prisão ou o liberta, mas não se ele deveria ser extraditado, na audiência desta sexta-feira.
A prisão de Puigdemont provavelmente causará comoção entre seus apoiadores, podendo complicar uma nova tentativa do governo espanhol para realizar conversas com o governo separatista da Catalunha a respeito do futuro da região.
A polícia isolou algumas ruas da capital catalã Barcelona depois que algumas centenas de manifestantes se reuniram diante do consulado da Itália, agitando bandeiras separatistas catalãs e bradando "Puigdemont é nosso presidente" e "Libertem Puigdemont".
Puigdemont, de 58 anos, exilou-se na Bélgica no final de 2017 depois que a Espanha o acusou de ajudar a organizar um refendo de independência naquele mesmo ano que as cortes espanholas consideraram ilegal.
"O senhor Puigdemont precisa se submeter à ação dos tribunais, exatamente como qualquer outro cidadão", disse o escritório do primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, em um comunicado.
(Por Giselda Vagnoni, em Roma; Agnieszka Flak, em Milão; Inti Landauro, Jesus Aguado e Emma Pinedo, em Madri; Joan Faus, Jordi Rubio e Luis Felipe Castilleja, em Barcelona; e Johnny Coton e Robin Emmott, em Bruxelas)