Por Nate Raymond
(Reuters) - Promotores federais retiraram nesta sexta-feira as acusações contra um médico do Texas autodenominado denunciante de atendimento a menores transgêneros, que foi acusado de obter acesso ilegal a registros de pacientes que não estavam sob seus cuidados no Texas Children's Hospital.
Poucos dias depois de o presidente dos EUA, o republicano Donald Trump, voltar à Casa Branca, na segunda-feira, procuradores federais de Houston movimentaram-se para descartar o processo que eles mesmos moveram em junho contra o médico Eithan Haim, cuja acusação tem sido muito criticada por conservadores.
Haim, que foi várias vezes a programas da emissora Fox News após sua acusação, deveria ser julgado em 10 de fevereiro por violação da Lei de Portabilidade e Responsabilidade de Seguros Saúde, uma lei federal que garante a privacidade dos pacientes.
Ryan Patrick, seu advogado, classificou a teoria jurídica da procuradoria como "estranha". Ele disse que os promotores concordaram em rejeitar o caso após a renúncia, no domingo, do procurador Alamdar Hamdani, nomeado pelo ex-presidente democrata Joe Biden.
"Eles tomaram o que acreditamos ser a decisão correta", afirmou Patrick.
Um porta-voz do gabinete do procurador-geral dos EUA não respondeu a um pedido para que comentasse o caso.
Na segunda-feira, Trump assinou um decreto declarando que o governo só reconheceria dois gêneros, o masculino e o feminino, que são imutáveis.
Haim, um cirurgião de Dallas, trabalhou ocasionalmente no Texas Children's Hospital, um dos maiores hospitais infantis do país, como parte de sua residência médica.