JOHANNESBURG (Reuters) - A primeira-dama do Zimbabwe, Grace Mugabe, não fez uma esperada aparição em uma reunião regional de líderes, na África do Sul, neste sábado, depois de alegações de que teria agredido uma modelo de 20 anos.
A África do Sul concedeu imunidade diplomática a Grace Mugabe, afirmou uma fonte de segurança à Reuters, na sexta-feira.
A polícia colocou cartazes de "alerta vermelho" para evitar que ela fuja, depois que Gabriella Engels afirmou que foi chicoteada por Grace Mugabe com um cabo elétrico, no domingo, enquanto ela esperava dois amigos em um hotel luxuoso de Joanesburgo para encontrar um dos filhos adultos de Mugabe.
Robert Mugabe, o presidente de 93 anos do Zimbabwe, foi visto em Pretória, no sábado, comparecendo à reunião para o Desenvolvimento da Comunidade Sul-Africana, mas sua mulher de 52 anos não estava ao seu lado, como parte da sua delegação.
Enquanto o homem que governa o Zimbabwe desde 1980 era recebido por outros chefes de estado em uma sala de conferências, manifestantes fora do prédio exigiam justiça para sua mulher.
A televisão sul-africana informou que Grace Mugabe não participou da reunião e que deveria comparecer a uma sessão para as esposas dos líderes, às 7:00 (Brasília).
Harare não fez comentários oficiais sobre o caso e oficiais do governo do Zimbabwe não responderam a pedidos por comentários. O governo sul-africano restringiu todos os comentários oficiais ao ministro da polícia.
Piorando o conflito diplomático, a South African Airways (SAA) suspendeu voos para Harare, depois que um dos seus aviões foi obrigado a pousar no Zimbabwe, no sábado, por não não ter permissões operacionais, disse um porta-voz da empresa aérea.