Por Simon Evans
MIAMI (Reuters) - Dois grandes patrocinadores da Fifa e de Copas do Mundo aumentaram a pressão, nesta sexta-feira, para que a entidade mundial de futebol promova significativas reformas, em meio a um escândalo de corrupção que jogou uma grande sombra sobre o esporte.
A Coca-Cola e o McDonald deixaram claro que estão profundamente infelizes na maneira com a qual a Fifa é administrada e querem grandes mudanças.
A intervenção dos patrocinadores acontece apenas poucos dias antes de uma importante reunião do comitê executivo da Fifa, na segunda-feira, que deve discutir tanto possíveis reformas quanto o cronograma para a eleição de um novo presidente no lugar de Joseph Blatter, que está no comando da entidade há 17 anos.
A Fifa tem sido alvo de uma série de acusações na imprensa - e em livros - há anos. O escândalo tomou maiores proporções em maio, quando promotores norte-americanos indiciaram nove representantes do mundo do futebol, a maioria deles com cargos na Fifa, além de cinco executivos de marketing e transmissão, em acusações que incluem suborno, fraude, lavagem de dinheiro e estelionato.
A Coca-Cola pediu que a Fifa, sediada em Zurique, apoie a criação de uma órgão independente para reformar sua estrutura de comando. "Escrevemos para a Fifa e pedimos que eles apoiem uma comissão independente para reformas", disse uma porta-voz da empresa de bebidas nesta sexta-feira.
O McDonald's informou ter dito à Fifa que precisa "haver mudanças significativas para restaurar a confiança e a credibilidade tanto com os torcedores quanto com os patrocinadores", salientando que os controles internos da entidade e sua cultura para seguir as regras "são inconsistentes com as expectativas que o McDonald's tem em relação a seus parceiros de negócio no mundo."