Por Karolina Tagaris e Alkis Konstantinidis
MATI, Grécia (Reuters) - Em uma floresta com árvores queimadas, Dionysis Tsiroglou e sua equipe de voluntários vasculham casas devastadas pelo pior incêndio florestal da história da Grécia em busca de desaparecidos.
"Os familiares estão pedindo que a gente mova céus e terra -- 'quero minha tia, quero meu tio, meu filho, minha filha, meu pai, minha mãe'", diz.
Ninguém sabe dizer quantas pessoas estão desaparecidas desde que as chamas arrasaram a cidade turística litorânea de Mati, ao leste de Atenas, na segunda-feira, matando pessoas dentro de suas casas ou carros e forçando outras a saltar de penhascos ou no mar.
Agentes de resgate estimam que entre 60 e 100 pessoas ainda estão desaparecidas, e as autoridades não são capazes de confirmar um número.
Elas podem estar entre os mortos, disseram os bombeiros, e seus corpos podem estar irreconhecíveis por causa do fogo. Fotos, algumas de crianças pequenas, foram compartilhadas nas redes sociais na tentativa de encontrar pessoas.
Ao menos 80 pessoas morreram, e dezenas ficaram feridas.
"Estamos indo de casa em casa, em qualquer lugar onde acreditamos que pode haver alguém preso, alguém que foi queimado do lado de dentro, alguém desaparecido", disse Tsiroglou.
"Até agora nossa busca foi infrutífera".