Por Toby Sterling
HAIA (Reuters) - Grandes manifestações organizadas por apoiadores de Israel e grupos pró-palestinos foram realizadas perto da Corte Internacional de Justiça nesta quinta-feira, quando o tribunal iniciou as audiências do processo de genocídio de Gaza movido contra Israel.
Milhares de manifestantes pró-Israel cantando músicas e carregando bandeiras holandesas e israelenses marcharam até os portões do Palácio da Paz em Haia, onde a principal corte da ONU está ouvindo uma ação apresentada pela África do Sul exigindo a suspensão emergencial da campanha militar de Israel em Gaza.
Entre os manifestantes estavam parentes de pessoas sequestradas ou mortas durante o ataque transfronteiriço a Israel por militantes palestinos do Hamas a partir da Faixa de Gaza em 7 de outubro.
"Hoje, há acusações absurdas contra Israel de que está cometendo genocídio, enquanto o Hamas comete crimes contra a humanidade todos os dias", disse o manifestante Michael Levy, cujo irmão é mantido refém pelo Hamas.
"Meu irmão e os demais reféns estão lá e ninguém está falando sobre isso, e estou aqui para levantar a voz por meu irmão e demais reféns."
Grupos pró-palestinos assistiram aos procedimentos em um telão a menos de cem metros do grupo israelense, acendendo sinalizadores de fumaça vermelha e verde e cantando.
A polícia de choque holandesa manteve os dois grupos separados durante toda a manhã, o que atrasou a marcha de apoio israelense pela cidade. Não foram registrados incidentes graves.
A manifestante Nihal Esma Almis disse que foi apoiar o povo palestino na esperança de que "finalmente seja feita justiça, que há um genocídio acontecendo e que a ONU aja de acordo e que o mundo aja de acordo".
"O que eu espero é que eles consigam o que não foi conseguido até agora, que é um cessar-fogo permanente", disse a manifestante holandesa pró-palestina Sara Galli, falando em inglês.