Por Michael Georgy
DUBAI (Reuters) - Guardas Revolucionários do Irã prometeram neste domingo uma vingança "mortal e inesquecível" pelo tiroteio em um desfile militar que matou 25 pessoas, incluindo 12 dos camaradas, e Teerã acusou países do Golfo Pérsico de apoiar os atiradores.
O ataque de sábado, um dos piores contra a força de elite da República Islâmica, abalou a segurança em um momento em que os Estados Unidos e seus aliados no Golfo Pérsico trabalham para isolar Teerã.
"Considerando o total conhecimento (dos Guardas) sobre os centros de mobilização de líderes dos terroristas criminosos..., eles enfrentarão uma vingança mortal e inesquecível no futuro próximo", informou a Guarda Revolucionária em comunicado à mídia estatal.
Quatro atacantes abriram fogo contra um posto de observação na cidade de Ahvaz, no sudoeste do país, onde autoridades iranianas se reuniram para assistir um evento anual marcando o início da guerra contra o Iraque, que durou de 1980 a 1988. Soldados se arrastavam durante o tiroteio, enquanto mulheres e crianças fugiram para salvar suas vidas.
A Resistência Nacional Ahvaz, um movimento de oposição iraniano que busca um Estado separado na província de Khuzestan, reivindicou a responsabilidade pelo ataque, assim como fizeram militantes do Estado Islâmico. Nenhum forneceu provas, contudo. Os quatro atiradores foram mortos.
(Reportagem adicional de Bozorg Sharafedin em Londres e Babak Dehghanpisheh em Genebra)