Por Nidal al-Mughrabi e Dan Williams
GAZA/JERUSALÉM (Reuters) - Militantes de Gaza dispararam foguetes contra Israel e o Exército israelense respondeu com ataques aéreos nesta quarta-feira, apesar de afirmações de ambas as partes sobre progresso em direção a uma possível trégua para evitar uma quarta guerra em uma década.
Um membro sênior do Hamas, o grupo islâmico palestino que controla Gaza, disse que conversas mediadas pela Organização das Nações Unidas e pelo Egito sobre um acordo para aliviar tensões estão em “estágios avançados”. Os comentários foram ecoados por um parlamentar sênior israelense, sugerindo um possível avanço após quatro meses de confrontos e disputas que provocaram ameaças mútuas de guerra.
O Exército israelense informou que a violência desta quarta-feira começou com militantes usando armas contra um veículo militar israelense, e tropas israelenses responderam atirando com tanques. Mais tarde, palestinos dispararam cerca de 70 foguetes pela fronteira e aeronaves israelenses atingiram ao menos uma dúzia de alvos militantes.
Um israelense foi ferido pelos foguetes, informaram serviços de resgate. Um militante do Hamas foi morto e dois outros ficaram feridos no ataque aéreo israelense, disseram autoridades palestinas. Cinco civis também ficaram feridos.
“Estou profundamente alarmado pelo aumento recente de violência entre Gaza e Israel, e particularmente pelos múltiplos foguetes disparados hoje contra comunidades no sul de Israel”, disse o enviado da ONU para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov.
A ONU, disse Mladenov, se juntou ao Egito em um “esforço sem precedentes” para evitar um sério conflito, mas alertou que “a situação pode rapidamente deteriorar com consequências devastadoras para todos”.
Gaza é controlada pelo Hamas há mais de uma década e durante este tempo o grupo lutou três guerras contra Israel, a mais recente delas em 2014. Junto ao Egito, Israel mantém um bloqueio que levou a economia do território a um estado de colapso.