(Corrige para "pelo menos três mortos" em lugar de "quatro", acrescenta fontes de segurança dizendo que um total de cinco foram mortos, nos parágrafos 1 e 4)
Por Laila Bassam e Maya Gebeily e Timour Azhari
BEIRUTE (Reuters) - O grupo armado libanês Hezbollah disparou uma salva de foguetes contra o norte de Israel nesta segunda-feira, em resposta às mortes de pelo menos três de seus membros em um bombardeio israelense contra o Líbano, disseram duas fontes de segurança à Reuters.
A troca de agressões marca uma significativa expansão do conflito entre Israel e militantes palestinos para a fronteira israelense-libanesa mais ao norte. O Hezbollah, apoiado pelo Irã, e Israel travaram uma brutal guerra de um mês em 2006.
Em comunicado nesta segunda-feira, o Hezbollah disse que disparou foguetes e tiros de morteiros contra dois alvos militares israelenses na Galiléia.
O Hezbollah afirmou em comunicados online subsequentes que três dos seus membros tinham sido mortos na "agressão" de Israel ao sul do Líbano na tarde desta segunda-feira. Duas fontes de segurança libanesas disseram à Reuters que mais dois membros do Hezbollah foram mortos.
O Exército israelense afirmou que identificou alguns “lançamentos” do Líbano contra Israel, sem feridos. Disse que estava respondendo com artilharia na direção do Líbano.
O Hezbollah afirmou em comunicados que pelo menos quatro dos seus membros foram mortos na “agressão” de Israel contra o sul do Líbano na tarde de segunda-feira.
Israel bombardeou o sul do Líbano na segunda-feira, após uma incursão entre fronteiras reivindicada pelo grupo palestino Jihad Islâmica, que está lutando ao lado do Hamas, desde o ataque surpresa contra Israel no sábado.
O Exército israelense afirmou que soldados apoiados por helicópteros mataram pelo menos dois homens armados que cruzaram a fronteira. Uma autoridade do Hezbollah havia negado anteriormente que o grupo estava envolvido na incursão entre as fronteiras.
Duas fontes, ambas próximas ao Hezbollah, disseram que o bombardeio letal de Israel contra o posto de observação do Hezbollah no sul do Líbano atrairia uma resposta do grupo.
Hezbollah e Israel trocaram agressões esporádicas na fronteira desde 2006, mas evitando um grande conflito. Trocaram disparos de artilharia e mísseis no último domingo.
Alguns moradores no sul do Líbano disseram que estavam deixando suas casas ao longo da fronteira com Israel nesta segunda-feira, em meio a um forte bombardeio que até agora atingiu os arredores de cidades e vilarejos.
A agência de notícias estatal relatou um forte tráfego nas principais estradas, com as pessoas fugindo da região da fronteira, e as escolas da área permanecerão fechadas nesta terça-feira.
Um porta-voz da missão de manutenção da paz da ONU disse que o seu major-general Lazaro estava “em contato com as partes envolvidas, pedindo que exerçam restrição máxima”.
O consulado francês no Líbano disse aos seus cidadãos que adiem qualquer viagem ao sul do Líbano. O Reino Unido também disse que as tensões estavam altas e que a situação poderia piorar.
(Reportagem de Laila Bassam, Timour Azhari e Maya Gebeily em Beirute e Dan Williams em Jerusalém)