Por Johanna Decorse
TRÈBES, França (Reuters) - Um homem armado matou três pessoas ao roubar um carro, atirar contra policiais e fazer reféns em um supermercado no sudoeste da França antes de ser morto pela polícia nesta sexta-feira, no que o primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, disse parecer um ato terrorista.
O ministro do Interior francês, Gérard Collomb, informou no Twitter que a polícia francesa matou o sequestrador que fez reféns em um supermercado na cidade de Trèbes, onde chegou gritando "Deus é o maior".
Duas pessoas morreram durante o incidente, disse uma fonte do Ministério do Interior. "Essa é uma avaliação temporária, uma vez que pode, infelizmente, piorar. Três pessoas ficaram feridas, incluindo uma delas gravemente", disse a fonte.
Depois, uma autoridade policial disse que o agressor também havia matado uma pessoa com um tiro na cabeça na cidade vizinha de Carcassonne, antes de fazer reféns no supermercado.
O prefeito da cidade de Trèbes, Eric Menassi, disse ao canal de TV BFM que o sequestrador está agora sozinho com um policial no supermercado e que todos os outros reféns foram soltos.
A emissora relatou que o sequestrador alegou ter filiação ao Estado Islâmico e que exigiu a libertação de Salah Abdeslam -- o principal suspeito vivo dos ataques do Estado Islâmico que deixaram 130 mortos em Paris em 2015.
Mais de 240 pessoas foram mortas na França em ataques desde 2015 por agressores com ligação ao Estado Islâmico, ou que foram inspirados pelo grupo militante.
O prefeito de Trèbes também disse ao canal de TV LCI que o homem entrou no supermercado gritando "Allahu Akbar (Deus é o maior), vou matar todos vocês".
O primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, disse: "Todas as informações que temos até agora nos levam a pensar que isso pode ser um ato terrorista".
Carole, que estava fazendo compras no supermercado no momento do incidente, descreveu como algumas pessoas conseguiram se esconder em um freezer.
"Um homem gritou e disparou várias vezes. Eu vi a porta de um freezer. Eu chamei as pessoas para se esconderem", disse à rádio Franceinfo. "Nós éramos dez e ficamos uma hora. Houve mais tiros e nós fugimos pela porta dos fundos".
(Reportagem de Johanna Decorse em Toulouse, John Irish, Leigh Thomas, Emmanuel Jarry e Bate Felix em Paris)