BRUXELAS (Reuters) - Um homem empunhando um facão e gritando "Allahu Akbar!" (Deus é o maior) feriu duas policiais mulheres antes de ser morto a tiros na cidade belga de Charleroi, neste sábado, em que o primeiro-ministro disse parecer ser um ato terrorista.
O atacante foi baleado por um terceiro oficial e, posteriormente, morreu de seus ferimentos. Os policiais estavam fora de perigo, disse a polícia.
"É evidente que as primeiras indicações apontam para o terrorismo", afirmou o primeiro-ministro Charles Michel ao canal de televisão RTL.
A emissora pública VRT disse que o agressor retirou o facão quando duas policiais pediram para revistá-lo do lado de fora da sede da polícia da cidade, como parte das medidas de segurança impostas após grandes ataques islâmicos nos últimos nove meses na Bélgica e na França.
Um jovem afirmou a estação de TV VTM que ele e seus amigos ouviram de cinco a seis tiros disparados em rápida sucessão e, 30 segundos depois, mais três tiros.
Não houve indicação imediata da identidade do homem; a mídia belga relatou que nenhum documento foi encontrado com ele.
Um porta-voz da procuradoria federal disse que as autoridades devem ter mais informações no domingo.
Bruxelas, lar de instituições da União Europeia e da sede da Otan, e o resto da Bélgica estão atualmente em um nível de alerta de segurança três de um máximo de quatro, um estado "grave" com uma ameaça "possível e provável".
Bombas islâmicas mataram 32 pessoas em ataques suicidas em Bruxelas, em março, e muitos dos jihadistas que realizaram ataques em Paris, em novembro passado, quando foram mortas 130 pessoas, eram baseados na Bélgica.
O acontecimento deste sábado segue uma série de ataques no último mês, principalmente na França e na Alemanha, muitos dos quais reivindicados pelo grupo militante Estado Islâmico. No pior deles, na cidade francesa de Nice, 84 pessoas foram mortas.
(Por Foo Yun Chee)