Por Antonio De la Jara
SANTIAGO (Reuters) - A Igreja Católico Romana do Chile pediu nesta quinta-feira uma "solução drástica", que pode incluir renúncias, um dia após o papa Francisco reconhecer "graves erros" no tratamento de uma crise de abuso sexual e convocou seus líderes a Roma.
Em uma reunião da liderança da igreja na costa central do Chile, Santiago Silva, presidente da Conferência Episcopal, disse que mudanças eram inevitáveis.
"É possível que o papa pedirá a alguns (bispos) que deixem suas dioceses... deve haver uma solução drástica, forte e decisiva, isso é certeza", disse Silva à estação local de rádio Cooperativa.
Em um passo extraordinário, o papa Francisco disse em uma carta nesta quarta-feira que ele havia cometido erros na forma com que tratou a crise. Em janeiro, ele havia chamado de "difamação" acusações de que o bispo chileno Juan Barros havia dado cobertura para abusos sexuais de menores de seu mentor padre Fernando Karadima.
Barros disse à imprensa chilena na reunião da liderança da igreja que o "papa sempre busca o melhor para todos". Barros foi apontado bispo de Osorno, no sul do Chile, pelo papa Francisco em 2015.
"Nós vamos encontrar o papa e nós vamos propor a ele um plano de renovação para a igreja", disse Silva nesta quinta-feira.