BOGOTÁ (Reuters) - Um importante líder de um grupo criminoso dirigido por ex-rebeldes colombianos, acusado de matar líderes sociais, realizar ataques com carros-bomba e coordenar o tráfico de drogas com cartéis mexicanos, morreu durante uma operação militar na madrugada desta segunda-feira, disse o presidente da Colômbia, Iván Duque.
Leider Johany Noscue, conhecido como Mayimbu, foi morto em um terreno montanhoso próximo ao município de Suárez, na província colombiana de Cauca, disse ele.
O governo havia oferecido uma recompensa de 256.000 dólares por informações sobre o paradeiro de Mayimbu.
"Esta operação mostra que símbolos do mal continuam caindo onde quer que sejam encontrados. Eles não terão esconderijo, não terão refúgio", disse Duque em um discurso em vídeo.
Mayimbu foi um dos piores criminosos da Colômbia e aterrorizou pessoas nas províncias de Cauca, Valle del Cauca e Narino, disse o ministro da Defesa, Diego Molano.
Os dissidentes sob o comando de Gentil Duarte, que incluía Mayimbu, são um dos dois grupos fundados por ex-membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que rejeitam o acordo de paz de 2016 que encerrou o papel do grupo guerrilheiro no conflito armado interno da Colômbia.
Mayimbu comandou 12 estruturas dissidentes das Farc, que incluem mais de 1.800 combatentes, disse o general Luis Fernando Navarro, comandante das Forças Armadas da Colômbia.
Enquanto cerca de 13.000 ex-membros das Farc foram desmobilizados sob o acordo de paz, outros permaneceram armados sob o grupo FARC-EP de Duarte e um segundo grupo conhecido como Segunda Marquetalia, liderado por Iván Marquez.
Vários dos principais líderes dissidentes das Farc foram mortos, com a inteligência colombiana informando que Duarte foi dado como morto após confrontos com grupos armados rivais na Venezuela.
O conflito na Colômbia já dura quase 60 anos, deixando 260.000 mortos e milhões de deslocados.
(Reportagem de Luis Jaime Acosta)