Por Phil Stewart e Andrea Shalal
WASHINGTON (Reuters) - O escolhido pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, como secretário de Defesa disse ao Congresso norte-americano nesta quarta-feira que está inclinado a favor do fornecimento de armamentos à Ucrânia, uma mudança na política dos EUA que opositores afirmam ter o potencial de atear ainda mais fogo ao conflito.
Ashton Carter, um ex-número dois do Pentágono, disse estar "bastante inclinado" em direção ao fornecimento de equipamentos de defesa à Ucrânia, acrescentando que os EUA necessitavam apoiar os esforços do país para se defender contra separatistas apoiados pela Rússia.
"A natureza desses armamentos eu não posso dizer agora", disse Carter durante sua sabatina no Senado. "Mas estou inclinado em direção ao fornecimento de armamentos a eles, incluindo, para chegar no que tenho certeza é a pergunta de vocês, armamentos letais."
Os Estados Unidos têm enviado alguns equipamentos militares não letais para a Ucrânia, mas se negou a enviar armamentos, com o governo afirmando não querer se envolver em uma guerra de intermediários com a Rússia. Analistas que se opõem ao envio de armas dizem que a medida pode exacerbar o conflito.
O Senado deve rapidamente concluir a confirmação no cargo de Carter, um veterano na elaboração de políticas de defesa que é amplamente apoiado por republicanos e democratas.
Os comentários de Carter sobre a Ucrânia e outras questões, incluindo o Afeganistão, devem provavelmente ser bem recebidos pelos republicanos, que controlam o Congresso e têm criticado duramente os limites impostos por Obama para a assistência a aliados.