CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Investigadores que incluem autoridades dos Estados Unidos e do Brasil começaram a vasculhar os destroços de um avião operado pela Aeroméxico nesta quarta-feira em busca de pistas sobre a causa da queda no Estado mexicano de Durango, disse o chefe da agência de aviação civil do país.
Todos os 103 passageiros e tripulantes sobreviveram quando o avião Embraer (SA:EMBR3) 190, que seguia para a Cidade do México, caiu em um trecho de terra com vegetação rasteira próximo da pista durante a decolagem na terça-feira, abandonando a aeronave antes de ela pegar fogo. Quase todos eles sofreram ferimentos leves, segundo as autoridades mexicanas.
Sessenta e quatro pessoas já tiveram alta de hospitais, informou a Aeroméxico na manhã desta quarta-feira em um tuíte. O piloto e um menor de idade estão em estado grave, disse o departamento estadual de saúde.
Luis Gerardo Fonseca, diretor da agência de aviação civil do México, disse à emissora ADN40 que membros de sua equipe começaram a trabalhar no local da queda perto das 7h locais, além de representantes do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA (NTSB) e da Agência Federal de Aviação norte-americana (FAA).
Representantes da Embraer e dos fabricantes dos motores do avião, General Electric (NYSE:GE), também estão auxiliando, disse Fonseca.
Em comunicado na noite de terça-feira, a Embraer informou que uma equipe de seus técnicos foi enviada para o local do acidente no Estado de Durango.
Autoridades disseram ser cedo demais para dizer o que provocou a queda do voo 2431, mas os investigadores devem analisar o gradiente de vento – uma corrente descendente de nuvens de tempestade – como um fator em potencial.
Seguindo regras internacionais, o México conduzirá a investigação com apoio do Brasil, onde o jato Embraer foi projetado e construído.
(Por David Alire Garcia na Cidade do México; reportagem adicional de Tim Hepher em Paris)