DUBAI (Reuters) - O Irã criticou a Grã-Bretanha por sua decisão de classificar o Hezbollah como organização terrorista, dizendo neste sábado que, com isso, o país ignorou a vontade de grande parte do povo libanês e o papel do grupo apoiado por Teerã na luta contra o Estado Islâmico.
A Grã-Bretanha disse na segunda-feira que planeja banir todas as alas do Hezbollah, considerado uma organização terrorista por Washington, devido à sua influência desestabilizadora no Oriente Médio. Antes, o país havia proscrito a unidade de segurança externa e a ala militar do grupo.
"Essa medida britânica significa deliberadamente ignorar uma grande parte do povo libanês e a legitimidade e a posição legal do Hezbollah na estrutura administrativa e política do Líbano", disse Bahram Qasemi, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, à agência estatal Irna.
Por muito tempo o grupo mais poderoso do Líbano, a influência do Hezbollah se expandiu em casa e na região. Ele controla três dos 30 ministérios do governo liderado pelo primeiro-ministro Saad al-Hariri, apoiado pelo Ocidente, o maior número de todos os tempos.
"Além de ... ajudar a preservar a integridade territorial do Líbano nas últimas décadas, o Hezbollah tem sido um dos pilares da luta contra o terrorismo e grupos terroristas como o Estado Islâmico na região", acrescentou Qasemi.
O Irã e o Hezbollah, fundado em 1982 pela Guarda Revolucionária Iraniana, são protagonistas na guerra na Síria e na luta contra os grupos militantes que se opõem ao presidente Bashar al-Assad, que incluem o Estado Islâmico.
(Redação Dubai)