LONDRES (Reuters) - O Irã afirmou nesta terça-feira que uma planejada força de 300 mil homens apoiada pelos Estados Unidos para agir dentro da Síria vai “atiçar as chamas da guerra”, ecoando as veementes reações de Síria, Turquia e Rússia contra o plano.
No domingo, a coalizão liderada pelos EUA informou estar trabalhando com milícias sírias aliadas, as Forças Democráticas Sírias (FDS), de maioria curda, para estabelecer uma força que irá operar ao longo das fronteiras com a Turquia e com o Iraque, assim como dentro da Síria.
O presidente da Síria, Bashar al-Assad, respondeu prometendo derrotar a nova força e afastar tropas norte-americanas da Síria. A Rússia, poderosa aliada da Síria, chamou o plano de um complô para desmembrar a Síria e colocar parte dela sob controle dos EUA. A Turquia descreveu a força como um “exército do terror”.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Bahram Qasemi, disse que a força apoiada pelos irá aumentar tensões na Síria. O Irã apoia Assad na guerra civil de quase sete anos contra forças rebeldes e militantes do Estado Islâmico, enviando armas e soldados.
“O anúncio dos EUA de uma nova força de fronteira na Síria é uma óbvia interferência nas questões internas deste país”, disse Qasemi segundo a agência de notícias estatal Irna.
Qasemi instou todas as forças norte-americanas a deixarem a Síria imediatamente.
Os Estados Unidos estão no comando de uma coalizão internacional usando ataques aéreos e tropas de forças especiais para auxiliar combatentes em solo lutando contra militantes do Estado Islâmico na Síria desde 2014. O país possui cerca de 2 mil militares em solo na Síria.
(Reportagem de Bozorgmehr Sharafedin)