BEIRUTE (Reuters) - O Irã minimizou o possível impacto em seu acordo nuclear de 2015 com potências mundiais após a nomeação do combativo Mike Pompeo como novo secretário de Estado norte-americano, dizendo que a mudança é uma questão interna dos Estados Unidos.
“Estas mudanças e desenvolvimentos e demissões no governo Trump não são novidade”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Bahram Qassemi, quando questionado em entrevista coletiva sobre o impacto da nomeação de Pompeo no acordo nuclear, de acordo com a mídia estatal.
“Nós testemunhamos desenvolvimentos similares e esta é questão interna deles”, disse. “O que é importante para a República Islâmica é a política da América em questões globais e a interação dela conosco e nós iremos adotar nossas próprias posições”.
Pompeo expressou pontos de vista mais hostis sobre o Irã e o acordo nuclear, que suspendeu uma série de sanções sobre a República Islâmica em troca de contenções em seu programa nuclear, do que o secretário de Estado demitido Rex Tillerson.
O acordo nuclear foi assinado pelo governo do antecessor de Trump, Barack Obama, assim como por Reino Unido, China, França, Alemanha e Rússia. Trump, que há tempos tem criticado o acordo nuclear, destacou-o na terça-feira como uma das principais áreas em que divergia de Tillerson.
Trump deu um ultimato a potências europeias em 12 de janeiro, dizendo que elas precisam concordar em “consertar as terríveis falhas do acordo nuclear do Irã” ou ele irá se recusar a estender alívio de sanções norte-americanas sobre o Irã.
(Reportagem de Babak Dehghanpisheh)