BAGDÁ (Reuters) - O Iraque executou nesta segunda-feira 42 militantes sunitas condenados por acusações de terrorismo que vão do assassinato de membros das forças de segurança à detonação de carros-bomba.
A maior execução em massa no país neste ano ocorreu na esteira de ataques suicidas de sunitas que mataram ao menos 60 pessoas perto de Nassiriya, cidade do sul e reduto xiita, em 14 de setembro, provocando clamores xiitas por uma ação judicial mais rígida.
No domingo, o Ministério da Justiça disse que os 42 foram enforcados em uma prisão de Nassiriya três meses depois de 14 outros militantes terem sido executados devido a condenações por terrorismo.
O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade por três atentados suicidas que visaram restaurantes e um posto de segurança próximo de Nassiriya. Parentes das vítimas foram convidados para testemunhar as execuções de domingo, disse o Ministério da Justiça.
"Apesar de toda a dor dentro de mim depois de perder meus dois irmãos nos ataques suicidas, quando vi os terroristas pendurados na corda senti alívio", disse Fadhil Abdul Ameer, de Nassiriya.
O autodeclarado califado do Estado Islâmico, proclamado em 2014, depois que o grupo capturou vastas áreas do norte e do oeste do Iraque, desmoronou efetivamente em julho, quando forças iraquianas apoiadas pelos Estados Unidos tomaram Mosul, a capital de fato da facção no país.
Mas ataques com bombas recentes em Bagdá e outras cidades causaram mortes e mostraram que os jihadistas continuam capazes de combater no estilo das guerrilhas, uma mudança de tática em relação à tentativa de conquistar territórios.
(Por Ahmed Rasheed)