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Por Emily Rose e Nidal al-Mughrabi
JERUSALÉM/CAIRO (Reuters) - O ministro das Finanças de extrema-direita de Israel exigiu que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu descarte seu plano de tomar a Cidade de Gaza em favor de uma estratégia mais dura, enquanto a Itália disse no domingo que o plano poderá resultar em um "Vietnã" para o Exército de Israel.
O gabinete de segurança de Netanyahu, do qual o ministro Bezalel Smotrich é membro, aprovou por maioria na sexta-feira plano para expandir as operações militares no enclave palestino destruído para tentar derrotar o grupo militante Hamas.
A medida atraiu um coro de condenação dentro de Israel, onde milhares de pessoas protestaram em Tel Aviv no sábado, pedindo um cessar-fogo imediato e a libertação dos reféns mantidos pelo grupo militante Hamas, bem como no exterior.
Espera-se que o Conselho de Segurança das Nações Unidas se reúna ainda neste domingo para discutir o plano, com muitos países expressando preocupação de que ele possa piorar a fome já aguda entre os palestinos.
Espera-se que Netanyahu dê uma entrevista coletiva para a mídia internacional em Israel e faça um anúncio televisionado no final do dia. Não estava claro o que será anunciado.
Smotrich disse que perdeu a fé na capacidade e no desejo de Netanyahu de levar a uma vitória sobre o Hamas. O novo plano, disse ele em um vídeo no X no final do sábado, tem como objetivo fazer com que o Hamas volte às negociações de cessar-fogo.
O primeiro-ministro e o gabinete decidiram fazer "mais do mesmo", disse ele, referindo-se ao fato de que as tropas israelenses já entraram na cidade antes e não conseguiram derrotar o Hamas.
Ele e outros membros de extrema direita da coalizão de Netanyahu argumentam que o plano não vai longe o suficiente, enquanto o Exército, que se opõe ao governo militar em Gaza, advertiu que isso colocaria em risco os reféns restantes mantidos pelo Hamas, bem como as tropas israelenses.
Smotrich não chegou a dar um ultimato claro a Netanyahu.
Outros aliados de extrema direita da coalizão de Netanyahu também pressionam pela ocupação militar total de Gaza, pela anexação de grandes áreas do território e pela remoção de grande parte de sua população palestina.
O ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, que fez apelos semelhantes, disse à Rádio do Exército no domingo que o plano de tomar a Cidade de Gaza é bom, desde que seja o primeiro passo.
Os militares israelenses advertiram que a expansão da ofensiva poderia colocar em risco a vida dos reféns que o Hamas ainda mantém em Gaza, que se acredita serem cerca de 20, e levar suas tropas a um prolongado e mortal combate de guerrilha.
A Itália disse que Israel deveria dar atenção aos avisos de seu Exército.
"A invasão de Gaza corre o risco de se transformar em um Vietnã para os soldados israelenses", disse o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, em uma entrevista ao jornal Il Messaggero.
Ele reiterou os pedidos de uma missão das Nações Unidas liderada por países árabes para "reunificar o Estado palestino" e disse que a Itália está pronta para participar.
É provável que o Conselho de Segurança discuta a crise humanitária em Gaza e a perspectiva de seu agravamento se o plano israelense for adiante, mas até agora houve pouco apetite entre os estados árabes para enviar suas tropas.