Miami lidera lista de risco de bolha imobiliária enquanto mercado mostra rachaduras
Por Nidal al-Mughrabi e Steven Scheer
CAIRO/JERUSALÉM (Reuters) - As forças israelenses avançaram mais profundamente na Cidade de Gaza nesta quinta-feira, enquanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu se dirigia a Nova York para discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas, com o presidente dos EUA, Donald Trump, buscando um acordo para acabar com a guerra de Gaza.
Os ataques israelenses mataram pelo menos 19 pessoas em todo o enclave palestino na quinta-feira, disseram as autoridades de saúde locais. Entre elas, 11 pessoas de duas famílias na cidade de Zawayda, na região central da Faixa de Gaza, onde os aviões atingiram um prédio residencial.
As Forças Armadas de Israel não comentaram o incidente, mas disseram que atingiram 170 alvos em Gaza nas últimas 24 horas e atacaram a "infraestrutura de terror" usada por grupos militantes para atacar soldados. Suas forças estavam profundamente na Cidade de Gaza, disseram.
Tanques entraram na Cidade de Gaza como parte de uma ofensiva que, segundo Israel, tem o objetivo de eliminar o Hamas após seu ataque mortal a Israel em outubro de 2023, mas que causou grande destruição, uma catástrofe humanitária e fome generalizada.
Netanyahu diz que a Cidade de Gaza é o último bastião do grupo militante palestino, mas centenas de milhares de civis permanecem lá, temendo que não haja nenhum lugar seguro para eles irem.
O enviado dos EUA, Steve Witkoff, disse na quarta-feira que Washington estava confiante em garantir um avanço em Gaza nos próximos dias, depois que Trump compartilhou um plano de paz de 21 pontos para o Oriente Médio com líderes de países de maioria muçulmana em Nova York.
Trump também prometeu aos líderes árabes que não permitiria que Israel anexasse a Cisjordânia ocupada por Israel, informou o Politico. Os palestinos querem a Cisjordânia para um Estado palestino independente, com Gaza e Jerusalém Oriental.
Netanyahu declarou que nunca haverá um Estado palestino, embora Reino Unido, França, Canadá e outras nações tenham reconhecido formalmente nesta semana a condição de Estado palestino. Alguns dos aliados da coalizão de Netanyahu querem que Israel anexe a Cisjordânia.
NETANYAHU DISCURSARÁ NA ONU E SE REUNIRÁ COM TRUMP
Israel ficou diplomaticamente isolado por causa de seu cerco militar a Gaza, com nações europeias e outras cada vez mais críticas à sua conduta.
O Tribunal Penal Internacional emitiu um mandado para Netanyahu por supostos crimes de guerra na guerra de Gaza. Israel rejeita a jurisdição do tribunal e nega ter cometido crimes de guerra em Gaza.
Netanyahu manteve o apoio dos EUA, o aliado mais importante de Israel, e Trump disse na ONU nesta semana que as medidas para reconhecer um Estado palestino correm o risco de recompensar o que ele chamou de atrocidades do Hamas e podem incentivar a continuação do conflito.
Netanyahu vai discursar na Assembleia Geral na sexta-feira e se encontrar com Trump na próxima semana. Ao deixar Israel na quinta-feira, Netanyahu disse que denunciaria os líderes que reconheceram um Estado palestino.