ROMA (Reuters) - O Ministério do Exterior da Itália convocou o embaixador norte-americano nesta terça-feira depois de relatos da imprensa de que o serviço de inteligência dos Estados Unidos havia grampeado os telefones do ex-premiê italiano Silvio Berlusconi e de assessores dele em 2011.
O jornal La Repubblica afirmou que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA) havia espionado cinco anos atrás o bilionário por quatro vezes premiê italiano, quando o seu governo estava sob pressão, no ápice da crise da dívida da zona do euro.
La Repubblica disse que o site de denúncias WikiLeaks mostrou que o magnata da mídia de 79 anos e líder do principal partido de centro-direita da Itália esteve na mira da NSA entre 2008 e 2011.
O embaixador John Phillips se encontrou com o diretor-geral do Ministério do Exterior, Michele Valensise, à tarde. Depois, o ministério divulgou um comunicado afirmando que a Itália pediu “esclarecimentos específicos sobre o que havia surgido em relação aos eventos de 2011”.
Phillips "nos assegurou que irá imediatamente levar a questão a seus superiores”, declarou o ministério. Durante a reunião, Phillips também lembrou que o presidente dos EUA, Barack Obama, proibiu em 2014 a escuta de líderes de países amigos e aliados dos EUA, disse o comunicado.