NOVA YORK/ZURIQUE (Reuters) - Um executivo de marketing esportivo que foi indiciado juntamente com 13 outras pessoas num caso de corrupção nos Estados Unidos que abalou o mundo do futebol está discutindo um acordo judicial com os promotores, de acordo com um documento do tribunal divulgado nesta quinta-feira.
Aaron Davidson, que era o chefe da unidade norte-americana do Grupo Traffic em Miami, está "ativamente engajado em negociações para um acordo de confissão" desde a sua prisão em maio, disseram os promotores numa carta apresentada a um tribunal federal no Brooklyn, em Nova York.
A carta foi arquivada antes de uma audiência para Davidson no tribunal, agendada para sexta-feira. Seu advogado não quis comentar.
Os processos judiciais no caso de corrupção estão aumentando, enquanto autoridades suíças extraditaram para os EUA nesta quinta-feira um acusado que estava entre os sete dirigentes da Fifa presos em Zurique.
A Fifa, entidade que controla o futebol mundial, contratou uma empresa de comunicação e consultoria de crise sediada em Nova York, a Teneo, para ajudar a lidar com as investigações e tentar restaurar a sua imagem manchada.
Em maio, Davidson se declarou inocente das acusações de que garantiu contratos de marketing esportivo no valor de mais de 35 milhões de dólares para a Traffic com pagamentos de suborno. Ele pagou fiança de 5 milhões de dólares e está em prisão domiciliar.
(Reportagem de Nate Raymond e Katharina Bart)