TÓQUIO (Reuters) - O Japão aprovou nesta terça-feira um aumento no pagamento de indenizações pela crise de Fukushima, que passou a totalizar 7,07 trilhões de ienes (57,18 bilhões de dólares), enquanto dezenas de milhares de desabrigados permanecem em abrigos temporários, mais de quatro anos após do desastre.
A Tokyo Electric Power Co (Tepco), operadora da usina nuclear de Fukushima Daiichi, destruída pelo terremoto e tsunami, receberá mais 950 bilhões de ienes em recursos públicos, além dos 6,12 trilhões de ienes já acertados anteriormente, de acordo com a empresa e o governo.
O aumento, definido após um pedido da Tepco, eleva a conta que os contribuintes estão pagando pelo desastre em março de 2011, quando três reatores derreteram depois de um terremoto e tsunami, na pior crise nuclear desde Chernobyl em 1986, destruindo empresas e meios de subsistência.
A Tepco enfrenta um fluxo de processos judiciais de indenização pelo desastre.
As contas de eletricidade das famílias japonesas também subiram 25 por cento desde a catástrofe, já que o país teve de recorrer à uma maior importação de combustíveis fósseis, pois iniciou o fechamento gradual de todos os reatores nucleares para verificações de segurança e modernização.