TÓQUIO (Reuters) - O Japão decidiu interromper simulações de retirada realizadas em preparação para um possível ataque de mísseis norte-coreano, devido a redução de tensões depois de uma cúpula histórica entre os líderes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte, relatou a agência de notícias Kyodo nesta quinta-feira.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se encontrou com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, em Cingapura na semana passada, quando Kim se comprometeu a "trabalhar pela completa desnuclearização da península coreana" e Trump disse que irá interromper o que chamou de exercícios militares "provocativos" entre os EUA e a Coreia do Sul.
O Japão elogiou a cúpula, que viu como o primeiro passo para a desnuclearização da Coreia do Norte, mas também disse que os exercícios entre Washington e Seul são um elemento dissuasivo vital contra as ameaças norte-coreanas.
No ano passado, Pyongyang lançou dois mísseis que sobrevoaram o Japão e realizou seu sexto teste nuclear.
O secretário-chefe do gabinete japonês, Yoshihide Suga, repetiu que é vital que a Coreia do Norte adote medidas concretas para o desmantelamento completo, verificável e irreversível de todas as suas armas e mísseis de destruição em massa.
Suga observou, entretanto, que Pyongyang disse que não realizará mais testes e que Kim se comprometeu com a completa desnuclearização.
"A situação é diferente daquela do ano passado, quando os lançamentos de mísseis eram frequentes, e não é uma situação na qual os mísseis virão voando em breve", disse, em coletiva de imprensa, acrescentado que a questão das simulações está sendo analisada.
(Reportagem de Nobuhiro Kubo, Ami Miyazaki e Takashi Umekawa)