Por Suleiman Al-Khalidi
(Reuters) - Insurgentes jihadistas lançaram ataques contra postos do exército sírio no nordeste da Síria, neste domingo, nos quais dizem ter matado 25 soldados e ferido outros, em vingança pelas mortes de civis durante a recente intensificação dos bombardeios militares.
Rebeldes de facções do Exército de Livre da Síria (ELS), apoiado pela Turquia, disseram à Reuters que dezenas de insurgentes do grupo jihadista Ansar al-Tawheed atacaram dois dos principais postos de controle do exército na vila de Masasneh, na província de Hama, norte do país, numa ofensiva ao amanhecer.
O exército informou em um comunicado que diversos de seus soldados foram mortos nos ataques de terroristas e que o mau tempo favoreceu a ofensiva.
A TV estatal síria mostrou vários corpos que rebeldes do Ansar al-Tawheed disseram ser de membros de seu esquadrão suicida, o qual surpreendeu as tropas do exército numa área próxima ao território controlado pela oposição.
A intensificação de ataques com mísseis e foguetes contra vilas e cidades em Hama e na província vizinha de Idlib é apontada pelos moradores como responsável por matar e ferir dezenas de civis desde o início da mais recente campanha do exército, no mês passado.
A recente escalada no conflito tem alvejado escolas, mesquitas e padarias, causando amplos danos à infraestrutura, dizem funcionários da defesa civil e fontes de hospitais em áreas controladas pela oposição.
O exército disse que diversos de seus combatentes foram mortos e feridos e enviou um alerta aos insurgentes, que dizem “persistir” em violar o acordo por uma zona sem conflitos negociado no ano passado com a mediação da Rússia, principal aliada da Síria no campo de batalha, e da Turquia.
“Não vamos esperar passivamente”, disse o exército no comunicado, de acordo com a TV estatal. O Ministério das Relações Exteriores da Síria divulgou uma nota dizendo que o exército está em “alta prontidão para repelir tais crimes e violações”.