Por Guy Faulconbridge e Michael Holden
LONDRES (Reuters) - A liderança da primeira-ministra britânica, Theresa May, sobre o opositor do Partido Trabalhista diminuiu acentuadamente, de acordo com pesquisas de opinião publicadas desde o ataque de Manchester, sugerindo que ela pode não vencer com uma grande vantagem como previsto há apenas um mês.
Quatro pesquisas publicadas no sábado mostraram que a liderança de May diminuiu em uma faixa de 2 a 6 pontos percentuais, indicando que as eleições de 8 de junho podem ser muito mais apertadas do que se pensava inicialmente quando ela convocou as eleições.
"Theresa May é certamente a favorita para ganhar, mas crucialmente estamos no território agora de incerteza sobre a vantagem que ela terá", disse John Curtice, professor de política da Universidade de Strathclyde, à Reuters.
"Não está mais garantido que ela vai obter a grande vantagem que originalmente se preparava para obter", disse Curtice, presidente do Conselho Britânico de Votação.
May convocou a eleição em uma tentativa de fortalecer a sua posição nas negociações sobre a saída da Grã-Bretanha da União Europeia, para ganhar mais tempo para lidar com o impacto da saída e para fortalecer seu controle sobre o Partido Conservador.
Mas se ela não superar a maioria de 12 assentos que seu predecessor David Cameron conseguiu em 2015, seu jogo eleitoral terá falhado e sua autoridade poderá ser prejudicada no momento em que ela dá início às negociações formais do Brexit.
A moeda britânica na sexta-feira sofreu sua queda mais acentuada desde janeiro, depois que uma pesquisa de opinião YouGov mostrou que a liderança dos Conservadores de May sobre os Trabalhistas caiu para 5 pontos percentuais.
Uma pesquisa do ICM para o Sun neste domingo apontou que May mantém uma vantagem de 14 pontos, a única pesquisa desde o ataque de Manchester que mostrou sua liderança inalterada.