Por Gabriela Baczynska
BRUXELAS (Reuters) - Líderes da União Europeia renovarão na semana que vem sanções econômicas impostas à Rússia até janeiro de 2019 devido à intervenção do país na Ucrânia, disseram diplomatas e autoridades.
As restrições aos setores de energia, defesa e financeiro russos vêm sendo estendidos a cada seis meses desde que foram adotadas em meados de 2014, após Moscou anexar a península da Crimeia, de Kiev, e apoiar rebeldes que combatem tropas do governo no leste ucraniano.
Os líderes da UE reunidos em Bruxelas em 28 e 29 de junho acertarão mais uma renovação das restrições a negócios com a Rússia, atualmente em vigor até o final de julho.
Moscou promete nunca devolver a Crimeia. O conflito no leste ucraniano, que já matou mais de 10 mil pessoas, está praticamente suspenso, limitando-se a combates esporádicos de baixa intensidade.
A decisão veio na esteira de conversas entre os membros do G7, os sete países mais industrializados do mundo, que se reuniram no Canadá no início de junho. O fórum costumava ser chamado de G8, mas a Rússia foi expulsa em 2014 devido à crise da Crimeia.
Desde então, líderes das maiores potências mundiais usaram suas reuniões anuais de rotina para coordenar uma postura. Neste ano eles instaram Moscou a parar de minar democracias.
Em comunicado, disseram: "Lembramos que a continuação das sanções está claramente ligada à incapacidade da Rússia de demonstrar a implantação completa de seus compromissos com os Acordos (de paz) de Minsk e respeitar a soberania da Ucrânia".
(Reportagem adicional de Giselda Vagnoni)