Por Jonathan Stempel
NOVA YORK (Reuters) - A corte mais alta do Estado de Nova York rejeitou nesta quinta-feira a apelação da atriz Lindsay Lohan acusando a desenvolvedora de “Grand Theft Auto V” de invadir sua privacidade, concluindo que os personagens do jogo que a atriz disse terem sido baseados nela não se assemelham a ela.
Por 6 votos a 0, a Corte de Apelações classificou as representações da Take-Two Interactive Software como “nada mais que comentários culturais” e disse que a companhia não deve danos a Lohan.
Um porta-voz de Lohan se negou a comentar. Seu advogado, Frank Delle Donne, não estava imediatamente disponível para comentários. A Take-Two, sediada em Nova York, não respondeu a pedidos de comentários.
Lohan, de 31 anos, havia contestado uma personagem supostamente parecida fisicamente e vocalmente, Lacey Jonas, que se diz “muito famosa” e uma “atriz barra cantora” conforme tenta se esconder de paparazzi.
Ela também contestou uma representação de uma mulher loira, mostrada em uma imagem sendo revistada por uma policial, e em outra vestindo um biquíni vermelho e joias, tirando uma selfie com seu celular.
Na decisão desta quinta-feira, o juiz Eugene Fahey disse que uma imagem em computador, ou avatar, pode constituir um “retrato” para apoiar uma queixa de invasão de privacidade sob a lei de direitos civis de Nova York.
Mas ele disse que Lohan não poderia obter vitória porque “Grand Theft Auto V” simplesmente representou uma mulher genérica de “vinte e poucos”, sem qualquer sugestão de que seria ela.
“A queixa foi devidamente rejeitada porque as representações artísticas são indistintas interpretações artísticas de estilo, aparência e persona de uma jovem mulher moderna, que vai à praia e que não é razoavelmente identificável como a requerente”, escreveu Fahey.
Em decisão separada, o tribunal rejeitou queixas similares contra a Take-Two feitas por Karen Gravano, estrela da série de reality show “Mob Wives”, por conta de outra personagem.