Por Eric Knecht
ISMAILIA, Egito (Reuters) - O Egito recebeu um grande respaldo internacional nesta quinta-feira ao inaugurar uma extensa ampliação do Canal de Suez que o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, acredita que estimulará uma recuperação econômica no país árabe mais populoso do mundo.
O ex-chefe das Forças Armadas, que liderou um golpe militar dois anos atrás, mas que concorreu à Presidência como civil no ano passado, declarou em uma cerimônia presenciada por líderes franceses, russos, árabes e africanos que o Egito irá derrotar o terrorismo que prejudicou o projeto.
"O trabalho não transcorreu em circunstâncias normais e estas circunstâncias ainda existem, e estamos combatendo e iremos derrotá-las", disse Sisi depois de assinar uma ordem que permite que navios cruzem o Novo Canal de Suez.
"Prometemos um presente ao mundo e conseguimos em tempo recorde: uma artéria adicional para a prosperidade e para conectar a civilização para intensificar o movimento do comércio internacional", afirmou ele, enquanto a primeira embarcação, um navio-contêiner chamado CMA CGM TITAN, fazia soar seu apito e passava pelo canal.
O projeto de 8 bilhões de dólares foi finalizado em somente um ano, em vez dos três ordenados por Sisi, mas economistas e analistas de transporte questionam se haverá tráfego e comércio suficientes entre Ocidente e Oriente para alcançar suas metas ambiciosas de lucro.
A expansão do canal é o principal item de uma grande pauta para cimentar a liderança de Sisi como aquele que levou estabilidade e prosperidade ao Egito depois de depor o presidente islâmico Mohamed Mursi em 2013 em reação aos protestos populares.
(Reportagem adicional de Ahmed Aboulenein, Omar Fahmy, Mostafa Hashem, Jake Rashbass e Ulf Laessing)